quinta-feira, 7 de abril de 2011

Em defesa do Criador


“Veja bem, a ideia de que coisas podem surgir sem causa e a partir de nada é pior do que mágica. Pelo menos quando um mágico tira o coelho da cartola, há o mágico e a cartola! Mas no ateísmo, o universo simplesmente surge do nada, sem absolutamente nenhuma explicação. Acredito que uma vez que as pessoas entendem o conceito do nada absoluto, é bem óbvio pra elas que se algo tem um início, o universo não poderia ter simplesmente surgido a partir do nada, mas deve haver uma causa que o trouxe à existência”. Livre tradução da fala de William Lane Craig, PHD, THD; transcrita no livro The Case for a Creator de Lee Strobel – Zondervan 1ª edição , 2004, USA, p. 99

A teoria da Evolução para muitas pessoas é prova mais do que suficiente de que Deus não existe, já que o Universo e tudo o que nele há são obra do acaso. Entretanto, o que Lee Strobel tenta provar em seu livro Em defesa do Criador (The Case for a Creator, ainda sem tradução para o português) é exatamente o contrário. Strobel investiga provas em vários campos da ciência como cosmologia, física, astronomia, bioquímica, informação biológica (DNA) e a neurociência para defender a tese de que existe um ser inteligente por trás do surgimento de tudo o que conhecemos hoje.


A primeira teoria a ser desmistificada é a famosa Teoria da Evolução relatada por Charles Darwin no livro A Origem das Espécies, de 1859. Segundo Darwin, as espécies que encontramos atualmente são resultado de sucessivas mutações que ocorreram ao longo dos anos. A explosão de vida na Terra, conhecida como explosão cambriana, que marca o surgimento de variadas espécies de animais em um período de tempo relativamente curto, contradiz um dos princípios do evolucionismo que afirma que a evolução de uma espécie para outra demanda tempo. Darwin declarou que os fósseis de espécies intermediárias (resultado da mutação) seriam encontradas. Segundo a investigação de Strobel, a maioria desses fósseis nunca foi encontrado e os que são considerados fósseis de ligação entre uma espécie e outra (links) são fraudes.


No capítulo sobre cosmologia, Strobel apresenta um conceito que é quase filosófico: o argumento cosmológico kalam. O princípio é simples. Tudo o que tem uma origem tem uma causa. Aplicando o princípio da lógica filosófica, o universo tem uma origem, portanto, o universo tem uma causa. Se o universo teve sua origem com o Big Bang, qual é a causa do surgimento do universo? Segundo Strobel, a idéia de que “nós viemos do nada, por nada e para nada” parece absurda.


A evidência da física para a existência de um criador é o fato de que as leis físicas que governam o universo são de uma precisão incrível. Fatores como gravidade, densidade da massa do espaço, massa de prótons e eletrons, velocidade da luz, entre outros, são prova de que tentativas aleatórias não criariam um universo com tanta precisão e harmonia.


Similar ao princípio de inverstigação dos argumentos da física, Strobel traz fatos sobre os planetas do sistema solar e sua estrela, o sol, mostrando como o posicionamento da Terra em relação ao sol e até mesmo a posição dos outros planetas do sistema solar contribuem para a existência da vida em nosso planeta. Segundo as pesquisas de cientistas entrevistados por Strobel, a idade do nosso sol é fator primordial pra nossa existência na Terra: ele emite a quantidade certa de calor e radiação necessárias para a manutenção de um planeta habitável.


Na bioquímica, Strobel mostra como nossas células são pequenas máquinas capazes de atuar em cadeia e armazenar informação. Segundo Strobel, certas células são “sistemas biológicos fascinantes, muito distantes da capacidade da tecnologia humana”. O DNA, formado a partir da combinação de quatro letras de um “alfabeto químico” , contém todas as informações necessárias para se fazer um ser humano. Strobel levanta argumentos que comparam o DNA a livros e ao código binário, já que não é a aleatoriedade não produz informação nestes níveis.


Por último, mas não menos importante, Strobel discute a existência da alma como uma entidade separada do corpo. Experiências “pós-morte” intrigam cientistas, que encontram dificuldade em explicar como uma mulher, por exemplo, afirmou ter visto um sapato no teto do hospital durante o tempo que esteve em coma. Outra evidência é que o cérebro não pode ser considerado a essência de uma pessoa, já que ainda que parte do cérebro seja removida em uma cirurgia, a essência da personalidade, ou o Ego.


O livro ainda traz muitas outros argumentos, colhidos através de entrevistas a cientistas de várias especializações, para ratificar que as pesquisas científicas apontam cada vez mais em direção a um Criador.


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