segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

My First-Time check out list - Ice Skating

A year experience in a foreign country is something remarkable in one’s life. Learning the language, trying new food and finding different ways to do similar things are just some of the points about being abroad.

When you go from a tropical in-development country to a developed tempered country like America you find additional differences, which give you many first-time experiences.

There is no snow in Brazil. All the American Christmas movies that we watch there don’t really represent the weather we’re facing. Christmas in Brazil has no snow, holiday cookies or Rockefeller Center sparkly Christmas tree. Also we don’t usually go ice skating in December since it’s around 95 degrees outside.

One of the things in my first-time experience list accomplished here in America is ice skating. I used to roller blade when I was a kid, but the rough asphalt is nothing like a slippery ice rink. But it did help.

The rink chosen was Wollman Rink at Central Park. The month was November (It wouldn’t be that exciting to go straight to the Rockefeller rink as tree was not there yet). It was funny to put the skates on and look like a penguin walking with them on the rubber mat. You get used after a while.



Stepping on the ice rink for the fist time is scary. The first steps are unsteady. You feel like falling at every move. A little girl gave me my fist lesson.

“Is it your first time?” she asked, as if it was not obvious. “When you feel like falling, open your arms.”

And that’s why I spent most of the time with the arms opened, looking like a plane ready to take off.

When I finally felt more confident and was trying to keep the rhythm of my moves I tried to go a little faster - not a very wise idea. You can bump into inexperienced people like yourself or try to make a turn, lose your balance and fall flat on your butt, like I did.



Although I looked ridiculous most of the time and felt humiliated by a girl who appeared to be 4 years old and ice skated better than she could walk, ice skating was a lot of fun! I loved it so much that I’m planning on doing it again, at the Rockefeller Center this time, as the Christmas tree is there. Maybe by the end of the winter I’ll be good enough to make it without freezing my butt out in the icy floor.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Viva à liberdade de expressão - Já estou exercendo a minha.


O curso de Introdução ao jornalismo que estou fazendo aqui nos Estados Unidos faz parte da minha jornada (de tempo indeterminado) pelo mundo das notícias. Para um trabalho acadêmico saí pela universidade na semana passada entrevistando pessoas, perguntando: "Apesar da difícil situação econômica do país atualmente, o que te dá orgulho de ser americano?" Foi interessante observar que a maioria dos entrevistados mencionou a liberdade de expressão que se tem no país e o fato da população se unir e encontrar uma solução pra qualquer problema que o país esteja enfrentando. Diante dessas respostas, refleti na atual situação do meu país: Brasil. Será que posso me orgulhar das mesmas coisas sobre o meu país?


As eleições presidenciais acontecem neste final de semana. É o momento de exercermos nossa liberdade de expressão. Em muitos países as pessoas não tem o direito de escolher seus governantes. Em nosso país nós temos esse direito, mas é lamentável ver que muitas pessoas não reconhecem o voto como um direito. Se sentem forçadas a votar e não entendem o tamanho da responsabilidade de se eleger alguém que vai governar a cidade, o estado ou o país inteiro por quatro anos.


Entendo o voto como uma das formas que temos de fazer valer nossa vontade. Talvez concorde com a não-obrigatoriedade do voto porque certas pessoas realmente não deveriam ajudar a escolher nossos governantes. Essas pessoas, na minha opinião, são aqueles que se alienam da situação em que nossa comunidade ou país se encontram. São as mesmas pessoas que não sabem quais são as propostas de governo do candidato em que vai votar. São as mesmas pessoas que trocam o voto por qualquer favor que as beneficie. Confesso que eu mesma não deveria ter votado nas últimas eleições por não saber o que o candidato que eu apoiei tinha a oferecer.


Fiquei perplexa quando ouvi uma pessoa dizer que não vai votar nessas eleições porque a Dilma vai ganhar de qualquer forma. É o cúmulo da passividade. Como podemos afirmar que ela já ganhou sem ter competido? As eleições ainda não aconteceram. Ninguém me perguntou em quem eu votaria ou em quem minha família vai votar esse ano. Como posso confiar nessas estatísticas?


Se você é um desses, que não vai votar porque seu voto não vai mudar nada, quero te dizer que a culpa do país estar do jeito que está é sua! Nosso Brasil só não muda porque a gente não quer que mude. Se o brasileiro quer tanto copiar o modelo americano, que copie pelo menos a participatividade na situação política do país. Não estou pedindo que façamos carreata, passeata contra a corrupção; ou nenhum grande protesto contra nada. Estou apenas lembrando a você de que seu voto nesse domingo pode mudar a situação do seu país: pode torná-lo um pouco mais digno de orgulho, ou de vergonha.


PS: Só pra constar, não vou votar neste ano por estar no exterior e não ter transferido meu título para o novo endereço (que é provisório). Terei que justificar o meu NÃO voto. Direi que é culpa da constutuição que não me deixa votar!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Uma vertente do conceito Big Brother

Todos nós temos alguém que consideramos um grande exemplo. Desde muito novos nos espelhamos nas pessoas: alguns se espelham na mãe, no pai, ou nos avós. Com o passar dos anos, nossas referências mudam. Passamos a admirar o (a) professor(a), o(a) amigo, algum pacifista, religioso, ou artista famoso. Mas o que me ocorre agora é que nós também somos referência pra muitas pessoas.
Na escola podemos ser referência pra algumas pessoas. Se você é do tipo CDF, você certamente é a referência que o professor usa na sala; o "aluno modelo". Ou se é aquele Bobo da Corte piadista, você certamente é referência dos outros caras da sala que também querem ser descolados e divertidos. (Esse exemplo da escola também se aplica ao trabalho, com as devidas alterações de cargo). Até como motorista podemos ser referência. Uma vez quando estava perdida segui um outro carro que parecia saber pra onde ia!
Em determinados momentos da minha vida, penso que o que eu faço não importa, que não sou uma pessoa com personalidade forte e capaz de influenciar outras pessoas. Hoje percebo o quanto esse pensamento é errôneo. Minhas duas últimas profissões me colocaram em uma posição de extrema exposição e influência sobre outras pessoas: professora e babá. Não ligo se você desvaloriza essas posições porque até eu mesma o faço as vezes. O próprio salario as desvaloriza. Mas esse não é meu ponto. Vamos à ele:
Ontem uma das meninas de quem cuido me mostrou um colar que a babá anterior, da França, deu à ela. Era uma linda correntinha de prata com a torre Eiffel e um sapato de salto alto cravado em pedras de strass. Em lágrimas ela me disse que guardou o colar quando a babá foi expulsa da casa por maltratar a filha mais nova do casal dono da casa. Entretanto, agora a menina esta tendo aulas de francês na escola e resolveu usar o colar e mostrar pra professora. Me assombra como o fato da menina gostar da professora de francês e das aulas fez com que ela superasse em termos o desapontamento e a mágoa que a antiga babá causou.
Como babá vejo o quanto a menina mais nova, que tem 4 anos de idade, gosta de me imitar. Ela come o que eu como, veste o que eu visto, quer ter o cabelo igual ao meu e faz questão que os outros percebam a semelhança entre a gente. Neste exato momento, exerço uma influência enorme sobre a vida dela. Sei também que como professora de inglês, os alunos buscavam em mim semelhanças com algum parente que vive no exterior, ou se baseavam em mim pra sonhar mais alto e conhecer novas culturas e pessoas.
Não posso me dar ao luxo de fazer o que bem entendo sem pensar nas consequências. Ainda que esteja fazendo algo que, a princípio, afetará só a mim, existem muitas pessoas ao meu redor que me observam, que se espelham em mim, e que também serão afetadas. Sem mencionar as pessoas que me amam e se importam com o que faço. Parece assustador, mas o conceito Big Brother é bastante real.
PS: O termo Big Brother originou-se a partir da obra 1984, de George Orwell e refere-se a o líder de um partido totalitário que, na trama, sabe tudo sobre cada habitante através de teletelas e informantes. Assim sendo, Big Brother é aquele que nos observa o tempo todo.


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Algumas pessoas têm um cachorro; Eu tenho um Lírio.

Adoro lírios. São minhas flores preferidas. Acho tão lindos que gostaria de dar à minha filha o nome de Lily (quando tiver uma).Nunca ganhei lírios de presente. Mas porquê iria me privar do prazer de ter um lírio só porque nunca me deram um? Eu me amo, quero me fazer feliz, então decido me presentear com um lírio.


Vou até à floricultura e escolho o lírio mais vistoso, mais bonito e na minha cor favorita. Penso então em como esse lírio veio a ser tão bonito. É tão bem cuidado... É isso! Alguém cuidou dele até então. Ele não nasceu desse jeito. Era apenas uma semente que germinou, cresceu e floresceu. Agora eu estou levando-o pra casa em um vaso e vou ter que cuidar dele a partir de agora.


Eu poderia simplesmente voltar à floricultura quando meu lírio morrese e comprar outro tão lindo quanto. Mas não é isso o que quero. Quero algo mais íntimo com meu lírio. Quero torná-lo parte da minha vida, incluí-lo na minha rotina, torná-lo parte da família. Algumas pessoas têm um cachorro; eu tenho um lírio.


Pra fazer com que meu lírio viva o suficiente para que eu desenvolva meu afeto por ele, preciso saber do que ele precisa, do que ele gosta e como tratá-lo. Flores não são todas iguais. Nem todas gostam de água todos os dias. Nem todas gostam do sol. Os lírios, acima de tudo, são flores que podem parecer ingratas. Demoram demais pra florescer. Se você é do tipo impaciente pode se frustrar com ele. Mas todos eles são assim, não podemos mudar o que eles são. Mas se eu cuidar bem dele, sei que um dia ele vai florescer. Ele sempre floresce no tempo certo.


Vê-lo florescer é a maior das recompensas. Quando meu lírio sorri pra mim eu sei que ele está feliz e grato por cada momento que me dediquei à ele. Eu, por minha vez, fico feliz por poder admirar toda sua belexs e saber que colaborei de certa forma. Não me gabo de ter feito dele o que ele é, porque não foi isso o que fiz; mas ofereci as condições adequadas para que ele se tornasse o melhor que poderia ser.


Tendo cuidado tão bem do meu lírio, me sinto capaz de amar e me dedicar à outra coisa que não seja eu mesma. Mesmo sabendo que antes de tudo, me amei a ponto de me presentear com um lírio.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Brazilian Day em Nova Yorque

No último final de semana (05 de Setembro) fui a New York City para, entre outras coisas, ver o movimento do Brazilian Day: Uma comemoração anual que traz para os brasileiros que vivem no exterior um pouco do Brasil. Assim eles podem matar a saudade que têm das coisas que o nosso país tem de melhor: Músicas de gosto duvidoso, mulheres de shorts muito curtos dançando, gente barulhenta, pastel de feira e tudo mais...
Assim que cheguei na 6a avenida achei tudo muito estranho. Barraquinhas com bandeira do Brasil, mas com o menu em Francês e Inglês. Outras barraquinhas com bugigangas chinesas. Nao achei aquilo parecido com o Brasil não. Mas então comecei a identificar muitas coisas que realmente remetem a um carnaval de rua no Brasil, ou à algum festival bem lotado. Desses que você não consegue nem andar direito e fica com o cabelo fedendo a gordura e fumaça das barraquinhas nas calçadas.
Confesso que o Brazilian Day não traz pra mim o que meu país têm de melhor. Não trouxe o afeto das pessoas, ou a beleza das paisagens. Entretanto, ele traz sim a diversidade que nosso país carrega. Por isso creio que muitas pessoas gostam muito mais do Brazilian Day que eu... rs


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O Princípio da Inércia

Hoje vou relembrar uma das minhas aulas de física do Ensino Médio e falar de Inércia. O Princípio da Inércia é uma das leis de Newton que afirma que "Todo corpo permanece em seu estado de repouso, ou de movimento uniforme em linha reta, a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forças impressas nele." É esse fenômeno que faz com que nossos corpos se movam pra trás quando dentro de um veículo que sofre aceleração, ou se movam para frente quando este sofre uma freada brusca. Esse mesmo fenômeno fez com que eu deixasse esse blog sem atualização por três meses.
Inércia é o nome científico para um pecado capital que todos cometemos: PREGUIÇA! Temos uma tendência enorme a continuar fazendo nada quando não temos nada pra fazer, ou a continuar a levar uma vida mesquinha, rotineira em um "movimento retilíneo uniforme". Pra quê arriscar? Mudar exige força, esforço; cansa, frustra, nos deixa ansiosos e inseguros. Mais fácil é olhar invejoso para os que conquistam e dizer 'Que sorte a deles'.
O sábio Salomão escreveu "A alma do preguiçoso deseja, e coisa nenhuma alcança, mas a alma dos diligentes se farta" (Pv 13:4). Se queremos alcançar, crescer, melhorar, o que temos a fazer é se mexer! Mudar o que precisa ser mudado; dar início àquele projeto que até então era só um projeto; dar um passo em direção ao seu objetivo de vida.
Quero deixar a preguiça de lado e me tornar mais produtiva. Assim vocês terão coisas novas pra ler nesse blog. Bom, agora preciso ir. Tenho um compromisso com a formiga! (Pv 6:6)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Um pequeno diálogo

Chegando em casa, um menininho me aborda e pergunta:

  _ Oi Moça! Você perdeu 5 reais aqui na frente outro dia.

  _ Sério?! Não me lembro. - Respondi - Quem achou?

  _ Fui eu! Queria mais! Você não tem mais não?


¬¬'

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sobre a efemeridade da vida

Morreu na semana passada um jovem que fez parte do grupo de mocidade da minha igreja. Luciano tinha 19 anos e nenhum problema crônico de saúde. Ainda não sabemos do que ele morreu e ninguém jamais imaginaria que isso pudesse acontecer. Na verdade, a morte é a única certeza que temos na vida e que tentamos ignorar sempre.

Augusto Cury escreveu em Mestre dos Mestres sobre os dois grupos de pessoas em um velório: os mais chegados e os agregados. Os mais chegados são familiares e amigos que realmente sofrem pela perda de um ente querido. Os agregados são os conhecidos do falecido que estão ali fazendo terapia. Estes começam a se interiorizar e repensar seus valores na vida: o que realmente vale a pena, como devemos viver, e o que fica quando deixamos este mundo.

Se interiorizar e refletir sobre a vida é extremamente válido. Lembro do gato de Cheshire, personagem do livro de Lewis Carroll, que disse que quando não se sabe onde se quer chegar, qualquer caminho serve. Será que vale a pena "deixar a vida me levar"? Pra onde estou indo? Onde quero chegar? Ter respostas pra essas perguntas é essencial.

Nossos sonhos e projetos são o motor de nossas vidas. Cada dia que amanhece é uma oportunidade nova pra caminharmos em direção à realização dos nossos planos, ainda que a passos curtos. Não consigo imaginar como é viver sem saber o que eu espero do dia de amanhã ou o que quero alcançar dentro de um, cinco ou dez anos. Meus objetivos guiam meus passos e dão rumo à minha vida.

Mas como disse a princípio, a única certeza que temos na vida é a morte. Não podemos ignorar que este pode ser nosso último dia na Terra. Daí a importância de se viver no melhor estilo Carpe Diem. Desfrutar de cada pequena vitória e aprender com cada erro é o que faz a vida valer a pena.

Um dos questionamentos levantados é o que fica quando deixamos este mundo. A casa? O carro? A conta bancária? As jóias? O que fica é aquilo que dissemos e que fizemos que marcaram pessoas. Nosso maior legado neste mundo está depositado nas pessoas que nos cercam. Elas carregaram nossa memória. Qual é a memória que as pessoas carregarão de você? Qual é o legado que você tem deixado a este mundo? É bom pensar nisso hoje, pois como disse o sábio Salomão e Provérbios 27:1 "Não te glories do dia de amanhã; porque não sabes o que produzirá o dia."

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Alice no País das Adaptações


Alice no País das Maravilhas é uma obra-prima do autor Lewis Carroll, escrita 1865, que desde então têm sido adaptada em diversas linguagens: Literatura, Cinema, Teatro, Artes Plásticas, entre outros. Precedendo o lançamento no Brasil da mais nova adaptação da obra para o cinema,Alice in the Wonderland dirigido por Tim Burton, o momento é propício para uma incursão nessas adaptações feitas ao longo desses 145 anos desde a publicação do livro.


A trama original narra as aventuras vividas pela garotinha Alice em um mundo diferente, repleto de criaturas falantes e aparentemente incoerentes, que causaram grande confusão na cabeça da pequena garota. No desfecho da história Alice percebe que toda essa aventura não passou de um sonho muito estranho. A obra escrita em 1865 é a mais famosa do autor Lewis Carroll que também escreveu Through the Looking-Glass and what Alice Found There (1872), traduzido como Através do espelho e o que Alice encontrou lá, ou simplesmente Alice Através do Espelho. O extraordinário sucesso que a obra vem fazendo desde que foi escrita é devido, em parte, aos questionamentos ocultos de espécie psicológica, lógica, semântica e política, ao seu caráter simbólico e à paradoxidade e nonsense (falta de sentido) que são características marcantes de Carroll.


Depois de Avatar (Cameron, 2009) Tim Burton's Alice in the Wonderland já é um dos filmes mais comentados da atualidade. O filme que estreou nos Estados Unidos no dia 05 de março de 2010 e bateu recorde de bilheteria para uma estréia ocorrida em março. Com previsão de estréia no Brasil no dia 23 de abril, essa nova adaptação do livro de Lewis Carroll está causando euforia e expectativa entre os fãs da história de Alice no País das Maravilhas e do diretor Tim Burton.

A versão de Tim Burton é uma mistura dos dois livros de Carroll, incluindo o famoso porma Jabberwocky. No filme, Alice volta para Wonderland (ou Underland) para cumprir uma profecia que diz que ela mataria Jabberwocky, e tiraria o trono da perversa Rainha de Copas para devolve-lo à sua irmã Rainha Branca. Neste país de fantasias, Alice vive grandes aventuras na companhia de personagens como o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp), o Coelho Branco (Michael Sheen - voz), a Rainha de Copas (Helena Bonham-Carter) e a Rainha Branca (Anne Hathaway). A crítica americana é diversificada, destacando vários aspectos da obra de Tim Burton. Há quem enalteça a obra como uma versão feminista do herói clássico; outros atentam para a qualidade digital do filme, que também é exibido em 3D, comparando-o ao premiado Avatar. Alguns ainda criticam a transformação da narrativa em uma fantasia épica, de batalha entre o bem e o mal, comparável à trama de Senhor dos Anéis.

Trailer Oficial

http://www.youtube.com/watch?v=DeWsZ2b_pK4&feature=player_embedded


É contrastante ver a diferença entre a última e a primeira adaptação de Alice para o cinema. A primeira adaptação de que se tem notícia foi rodada em 1903. Trata-se de um filme mudo em preto e branco dirigido por Cecil M. Hepworth e Percy Stow. Antes dada como perdida por causa do desgaste do arquivo original, a obra foi restaurada pela British Film Institute National Archive. O filme original tinha 12 minutos e era o filme mais longo produzido na Inglaterra naquela época. Veja o trailer e perceba o quanto o cinema também mudou em 100 anos.

Primeira Versão 1903

http://www.youtube.com/watch?v=zeIXfdogJbA

Talvez a versão mais famosa e clássica de Alice no País das Maravilhas seja e animação da Disney de 1951 (Foi essa versão que conheci quando criança e era, até então, a única referência da história que eu tinha). O roteiro é mais fiel ao livro de Carroll, e não há a mistura com o segundo livro Alice Através do Espelho. A qualidade da animação também é incrível, se levarmos em consideração a data de lançamento do filme.


Na TV, a história se transformou em uma minissérie produzida pela RHI Entertainment e exibida em 2009 no canal Syfy. A adaptação mistura as duas histórias de Lewis e retrata Alice como uma jovem mulher que vai ao país das maravilhas passando através de um espelho para tentar salvar seu namorado raptado pelo coelho branco. Essa moderna interpretação de Alice retrata a possível evolução do país das maravilhas depois de 143 anos. A minissérie tem 3 horas de duração e é estrelada pela canadense Caterina Scorsone.


Há também inúmeras adaptações da história de Alice na Literatura. Alguns recontos infanto-juvenis resumem a história a ponto de suprimir detalhes importantíssimos da obra de Lewis, como os complexos diálogos travados entre Alice e as demais criaturas do país das maravilhas. Entre as edições do texto original encontramos muitas variações, como por exemplo, edições comentadas, edições com ilustrações originais ou com ilustrações modernas. Outra diferença gritante está na tradução de cada uma dessas versões. Lewis possuía uma escrita singular, criando palavras muitas vezes, o que torna o trabalho de tradução árduo. Em traduções não cuidadosas, muito se perde no sentido real das frases.

A história de Carroll também serviu de inspiração para artes plásticas, foi adaptada diversas vezem em teatro, HQ, games sem mencionar que a figura da menina de madeixas loiras e vestido azul está estampada em camisetas, colares, canecas e em inúmeros outros suportes.

Espero que este pequeno guia tenha ajudado você, que é apaixonado por cinema e literatura, fã da história de Alice no País das Maravilhas, ou que quer saber mais sobre esta história que tem encantado gerações ao longo dos anos.

Sites de referência

Sobre as versões literárias -http://www.dobrasdaleitura.com/revisao/alicesingular.html

Sobre as várias adaptações - http://virtudesvirtuais.com/2010/02/16/as-varias-adaptacoes-de-alice-in-wonderland/

Sobre as adaptações e a o filme de Tim Burton - http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=164524

Sobre as várias adaptações - http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,206,2772705,-Alice-no-Pais-das-Maravilhas-povoa-cenario-cultural-com-adaptacoes-de-diversos-generos.htm

Sobre a versão de 1903 - http://rainydays.rockerspace.net/alice-no-pais-das-maravilhas-de-1903-video/

Sobre as variações de tradução: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,206,2837581,Jorge-Furtado-compara-traducoes-brasileiras-de-Alice-no-Pais-das-Maravilhas.html

quinta-feira, 25 de março de 2010

Sobre os livros e a vida

Acabei de ler essa semana As Crônicas de Nárnia de Clive Staples Lewis. Foi uma das leituras mais prazerosas que já tive. Fui tão envolvida pela história que terminei todos os sete livros em um mês. Não sei se consigo fazer uma análise que difira das outras já feitas destas obras, que desde 1950 têm sido lidas, analisadas, adaptadas para as mais diferentes linguagens.

O primeiro contato que tive com essa história foi em 2005 na época do lançamento do filme As Crônicas de Nárnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa. Havia um cartaz de divulgação do filme no cinema e me lembro de tê-lo visto e comentado que não gostava desse tipo de fantasia. Na época eu desaprovava filmes fantasiosos que fugiam totalmente à realidade. Preferia filmes como O Diário de uma Princesa ou Splash, Uma sereia em minha vida (sim leitor, eu sei o tamanho da ironia do que acabo de dizer). Entretanto, gostei muito do filme quando assisti. Achava estranha a presença de faunos, centauros, gigantes ou anões, mas gostei da trama e principalmente da associação da figura do Leão à de Jesus Cristo. E é nesse ponto que quero chegar.

Você certamente já deve ter conhecido algum cristão irredutível ou até mesmo alienado. Daqueles que fazem tudo o que Cristo não queria que se fizesse: julgar pela aparência, excluir o próximo ao invés de ajudá-lo, entre outras coisas... Pois, de certa forma, eu era uma dessas pessoas. Não acreditava que as mitologias pagãs devessem se misturar às narrativas bíblicas. Pensava isso sem levar em consideração o conceito de Literatura.

O apóstolo Paulo disse que devemos examinar todas as coisas e reter o que é bom. O processo de apreciação da arte passa por esse princípio. A arte da literatura não têm como objetivo apresentar nenhuma verdade, ao contrário, não há compromisso algum com a verdade em um texto literário, ainda que este seja baseado em fatos reais ou fontes "confiáveis". A imaginação é a matéria-prima do trabalho literário. Seria portanto inconcebível criticar uma obra por misturar elementos místicos, mitológicos e bíblicos. A leitura de um texto literário não vai mudar minhas crenças, mas ampliar minha maneira de ler o mundo.

Enquanto repelia o "fantástico" da minha realidade, perdi a oportunidade de conhecer e apreciar muitas coisas como filmes, livros, músicas, peças de teatro... Adiei a maravilhosa experiência de ler um livro tão fantástico quanto As Crônicas de Nárnia ou ver filmes tão bem feitos como O Senhor dos Anéis. Ao menos me redimi a tempo de buscar pra mim conhecimento cultural que vai a cada dia mudando minha maneira de pensar e de interpretar a vida ao meu redor.

"Em literatura, o meio mais seguro de ter razão é estar morto"
Victor Hugo

terça-feira, 16 de março de 2010

Mascar Chiclete

Ontem à noite, depois do trabalho, fiz uma coisa que já não fazia há muito tempo: mascar chiclete. Ele (o chiclete) sempre foi proibido nas escolas ou em qualquer lugar onde seja exigida uma postura mais formal ou elegante. Concordo que mascar chiclete pode te fazer parecer um animal ruminante quando as mascadas são vigorosas, mas até então nunca tinha parado para pensar no prazer que ele pode proporcionar.

Primeiro deve-se levar em conta o sabor. Chiclete é muito gostoso! Tem ainda aqueles com recheio dentro ou com "bolinhas que prolongam o sabor". O chiclete também pode salvar sua pele, ou melhor dizendo, seu hálito, depois daquele almoço no restaurante ao lado do seu namorado (a), esposo (a) ou até mesmo amigo (a) que você gostaria de poupar. Você deve saber o quanto é desagradável conversar com alguém e saber que essa pessoa acabou de comer um delicioso bife acebolado acompanhado de macarrão ao alho e óleo. Então... Ponto para o chiclete!

Mas ontem não masquei chiclete com esse propósito (se bem que ele ajudou a disfarçar o gosto de café na boca). O chiclete de ontem foi como um cigarro depois de um dia cansativo. Tudo bem, eu nunca fumei, mas sempre vejo as pessoas fumarem para relaxar. Ontem masquei um chiclete para relaxar, para aliviar a tensão. O mais gostoso foi fazer bolas com o chiclete, ora enormes (daquelas que estouram no seu nariz), ora barulhentas (que é quando todo mundo olha pra você). Me senti mesmo como uma adolescente. Foi então que me dei conta de que o chiclete deixa você com um ar mais descolado, mais descontraído. Talvez por isso seja tão comum entre eles. Também me senti um pouco vulgar quando me lembrei que todas as prostitutas que já vi em filmes ou nas esquinas estão mascando chicletes.

Reações adversas: O uso frequente do chiclete pode ser prejudicial aos seus dentes. Por isso as criancinhas são muitas vezes proibidas de comerem doces ou mascar chicletes o tempo todo. Aquelas que não são não têm mesmo o sorriso muito bonito. Outro incoveniente de se mascar chiclete com tanto gosto e com tanta vontade é que seu maxilar pode doer por algum tempo. (Imagino então como deve doer o maxilar das vacas e dos bodes). Isso sem contar que ele não é, de forma nenhuma, indicado em lugares mais formais como no trabalho por exemplo. Você também deve se lembrar de já ter visto uma secretária ou recepcionista mascando chicletes, lixando a unha e falando ao telefone ao mesmo tempo, e não deve ter achado muito elegante da parte dela.

No mais, sempre quando você estiver cansado(a) ou tenso(a), mascar um chiclete e fazer enormes e barulhentas bolas com ele te fará sentir melhor. Avalie sempre as circunstâncias, claro, pois sendo seres sociais devemos cuidar da nossa imagem. Mas certamente é melhor mascar um chiclete do que fumar um cigarro. É menos prejudicial à nossa imagem e à nossa saúde também!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Metamorfose Ambulante

Muitas pessoas já nascem decididas, predestinadas, com um dom predominante que vai guiar todas as suas futuras decisões pessoais e, principalmente, profissionais. Eu não sou uma dessas pessoas. Sempre tive meus gostos e preferências, claro. Amo música, gosto de escrever, ler, sou apaixonada por idiomas... Mas sempre tive uma dificuldade enorme de focar uma área da minha vida, ou focar uma das minhas preferências.

Hoje, aos 22 anos, formada em Letras, dando aulas de inglês, me vejo em busca de um foco, principalmente profissional. É cruel obrigar uma pessoa como eu, aos 17 anos, a escolher um curso superior que guiará seu caminho profissional pelos próximos anos. Agora, com o curso superior concluído, não tenho interesse em cursos de pós graduação na área de Letras.

Quero experimentar outras coisas além das que eu já experimentei. E olha que não experimentei poucas coisas! Fiz um curso profissionalizante na área de Mecânica Geral que me fez amadurecer como profissional, mas que eliminou todo o meu interesse na área de Engenharia Mecânica. Já trabalhei como auxiliar de escritório, na área de planejamento; o que gostei de ter feito, mas que também não me despertou interesse a ponto de me aprofundar nessa área. Já trabalhei no comércio e descobri a dura realidade de ficar 8 horas em pé a espera de clientes, tendo que muitas vezes "disputá-lo" com as outras funcionárias em tempos de queda no setor.

Atualmente leciono inglês em escolas diferentes, lidando com realidades diferentes entre os alunos. É uma profissão muito boa e gratificante no sentido de ter seu trabalho reconhecido e valorizado pelos próprios alunos. Sei entretanto que essa não é a realidade da profissão, mas sim da minha carreira. Felizmente!

Agora estou em busca de novidades! De um novo desafio, de novas experiências, novos conhecimentos. Penso sériamente na área de comunicação social como meu próximo passo. Estou pesquisando sobre as áreas de atuação, fazendo um matching com minhas áreas de interesse para que eu tome uma decisão... Que não será a última!!!

Então é isso... Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Sobretudo, sigo o conselho do apóstolo Paulo que disse: "Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento..."Rm 12:2